Eu começo a achar que nunca me vou realizar como pessoa, talvez apenas como profissional. A minha vida pessoal é um desastre total. A verdade é que quando eu tinha 18 anos era a carreira profissional o mais importante para mim. E foi assim até aos meus 21 anos, altura em que conheci o Hugo. Lembro-me de referir sempre isso com uma amiga, com quem aliás já nem falo muito. Para nós, a carreira era o mais importante, estava acima de tudo. Eu era obcecado com a carreira profissional. O pessoal da minha antiga cidade criticava-me bastante que eu sentia a necessidade de completar um curso superior para assim calar bocas sujas. E fui feliz nisso, vinguei, consegui. Mas agora vejo que não chega! Não me sinto nada realizado como pessoa. O buraco que o Hugo deixou no meu coração é demasiado grande para cicatrizar com apenas o sucesso profissional que eu possa vir a obter.
Mas talvez eu não tenha nascido para ser verdadeiramente feliz. Talvez a minha existência se deva apenas ao facto de que uma pessoa LGBT como eu pode chegar onde quer, profissionalmente falando. Mas eu nunca quis ser um exemplo a seguir. Longe disso. Limitei-me a ser eu. EVou continuar a minha formação. Fui quase coagido a fazê-lo. Senti uma grande pressão por parte de familiares também. Mas agora sou eu mesmo que quero continuar o meu percurso académico. E vou fazê-lo também pela minha avó, a única pessoa que acreditou em mim e no meu sucesso desde o príncipio. Aliás, a minha licenciatura dedico-a a ela. Ando a decidir-me o que pretendo, se uma pós-graduação ou mestrado. Mas estou muito inclinado para a pós-graduação, que ironicamente o Hugo frequentou. Nem nisso me livro dele.
Mas enfim, não me vou iludir e pensar que mesmo chegando, quiçá, a um doutoramento um dia que isso me vai fazer completamente feliz porque não vai. Ninguém pode viver sem amor uma vida inteira. Mas eu até que me tenho aguentado bem nesse campo. E depois de escrever isto, ainda fica tanta coisa por dizer...
Mas talvez eu não tenha nascido para ser verdadeiramente feliz. Talvez a minha existência se deva apenas ao facto de que uma pessoa LGBT como eu pode chegar onde quer, profissionalmente falando. Mas eu nunca quis ser um exemplo a seguir. Longe disso. Limitei-me a ser eu. EVou continuar a minha formação. Fui quase coagido a fazê-lo. Senti uma grande pressão por parte de familiares também. Mas agora sou eu mesmo que quero continuar o meu percurso académico. E vou fazê-lo também pela minha avó, a única pessoa que acreditou em mim e no meu sucesso desde o príncipio. Aliás, a minha licenciatura dedico-a a ela. Ando a decidir-me o que pretendo, se uma pós-graduação ou mestrado. Mas estou muito inclinado para a pós-graduação, que ironicamente o Hugo frequentou. Nem nisso me livro dele.
Mas enfim, não me vou iludir e pensar que mesmo chegando, quiçá, a um doutoramento um dia que isso me vai fazer completamente feliz porque não vai. Ninguém pode viver sem amor uma vida inteira. Mas eu até que me tenho aguentado bem nesse campo. E depois de escrever isto, ainda fica tanta coisa por dizer...
13 de setembro de 2011 às 23:28
:) Fazes bem em reflectir.
Lembra-te que podes e deves ser feliz. Há outros caminhos.