Por mais perto que eu estivesse do Hugo, era escusado. Sempre estivemos longe. Sempre! Podíamos andar nos mesmos espaços físicos, como andamos novamente, mas mentalmente estávamos e estamos a quilómetros de distância. Ele num mundo e eu noutro. Não somos somente diferentes, somos opostos. Somos como o sim e o não e como a cor branca e a cor preta. Será que estamos destinados a ser inimigos? Será que o meu amor não tem outra solução senão tornar-se ódio? Será que nunca vai haver tréguas?
Eu estava dentro de um cubo de vidro, no qual via o Hugo passar ali perto a toda hora, onde o medo da rejeição imperava e me consumia. Eu gritava lá dentro, mas o Hugo nunca me ouvia, nunca prestou atenção. Eu sufoquei. Não sei se estava mais desesperado do que triste ou vice-versa. Será possível ter-se a mínima noção do que é isso e de que efeitos isso pode ter numa pessoa?
Não consigo deixar de pensar que esta paixão e todo o sofrimento que ela acarretou são uma punição. Porém, não sei no que falhei para merecer isto.
O Hugo foi o meu inferno e o meu paraíso, foi a minha dor e a minha anestesia, foi a minha desilusão e a minha ilusão, foi o meu pesadelo e o meu sonho, foi a minha tristeza e a minha alegria, foi o meu fim e a minha esperança.
A minha paixão e a desilusão têm tido uma amizade perigosa. É nos momentos mais tristes, dolorosos e agoniantes que descobrimos que afinal somos fortes. Eu descobri que era forte e por isso nunca desisti de lhe provar que ele está errado em querer manter-me afastado dele. Tornou-se vital para mim demonstrar-lhe que ele falhou ao desprezar-me a mim e aos meus sentimentos. E não vejo nada mais legítimo do que isso.
Ando a preparar-me para o confrontar, se bem que esta vez vai ser derradeira. Estou a preparar-me para aguentar mais uma vez o julgamento dele, o preconceito de quem o rodeia e toda a humilhação que daí possa advir. Já superei tanta coisa e se já dei esta guerra por perdida já não tenho nada mais a perder, não é verdade?
Acho que nunca vou compreender o porquê do Hugo insistir em fazer sofrer a pessoa que mais dele gostou em toda a vida. Admito a minha ignorância. Não nasci para compreender isso. Sou humano, não sou perfeito e por isso não percebo.
Eu estava dentro de um cubo de vidro, no qual via o Hugo passar ali perto a toda hora, onde o medo da rejeição imperava e me consumia. Eu gritava lá dentro, mas o Hugo nunca me ouvia, nunca prestou atenção. Eu sufoquei. Não sei se estava mais desesperado do que triste ou vice-versa. Será possível ter-se a mínima noção do que é isso e de que efeitos isso pode ter numa pessoa?
Não consigo deixar de pensar que esta paixão e todo o sofrimento que ela acarretou são uma punição. Porém, não sei no que falhei para merecer isto.
O Hugo foi o meu inferno e o meu paraíso, foi a minha dor e a minha anestesia, foi a minha desilusão e a minha ilusão, foi o meu pesadelo e o meu sonho, foi a minha tristeza e a minha alegria, foi o meu fim e a minha esperança.
A minha paixão e a desilusão têm tido uma amizade perigosa. É nos momentos mais tristes, dolorosos e agoniantes que descobrimos que afinal somos fortes. Eu descobri que era forte e por isso nunca desisti de lhe provar que ele está errado em querer manter-me afastado dele. Tornou-se vital para mim demonstrar-lhe que ele falhou ao desprezar-me a mim e aos meus sentimentos. E não vejo nada mais legítimo do que isso.
Ando a preparar-me para o confrontar, se bem que esta vez vai ser derradeira. Estou a preparar-me para aguentar mais uma vez o julgamento dele, o preconceito de quem o rodeia e toda a humilhação que daí possa advir. Já superei tanta coisa e se já dei esta guerra por perdida já não tenho nada mais a perder, não é verdade?
Acho que nunca vou compreender o porquê do Hugo insistir em fazer sofrer a pessoa que mais dele gostou em toda a vida. Admito a minha ignorância. Não nasci para compreender isso. Sou humano, não sou perfeito e por isso não percebo.