Nesta terça-feira à noite, dia 18, aconteceu um incidente comigo mas eu nem sequer vou mencioná-lo porque nem se compara ao que vou falar aqui hoje.
Fui a mais um dia de aulas. A minha pós-graduação parece árdua, mas eu estou a adorar. Até simpatizo com a maior parte dos colegas (coisa que não aconteceu enquanto eu estava a frequentar a licenciatura) e o primeiro professor é bastante afável. Estava na aula e estava apreciar a vista sobre Lisboa. Gosto mesmo de morar cá. Adoro a faculdade, adoro a forma como me receberam aqui. Para não mencionar que foi sempre nesta faculdade que eu quis tirar o meu curso. Estudar na antiga faculdade foi um erro, que eu não pude corrigir. Nunca gostei muito daquilo nem daquela gente. Mas depois ponho-me a pensar: e se eu não tivesse estudado ali, como é que conhecia o Hugo? Pois é, tudo na vida tem o seu motivo... Agora estou, onde sempre quis estar. E estou a estudar algo que me interessa realmente, embora tenha andado desmotivado por motivos óbvios.
Mas agora perguntarão vocês: a que se deve esta introdução toda sobre faculdades? Pois bem, como eu aqui já tinha dito, eu e o Hugo fomos colegas, estudámos na mesma faculdade entre os anos 2007 e 2009 (embora eu só tenha notado a presença dele em 2009 - quando tudo começou). O que deve ser estranho para ele é que eu andei ali por perto dele e ele não pode associar quem é a pessoa porque eu até agora não fui capaz de me expor directamente, embora ele já me tinha visto vezes e vezes. Ironia ou não, eu optei por frequentar uma pós-gradução que ele também frequentou. Na altura eu estava reticente, achei que era má ideia e comentei isso com uma pessoa que me incentivou. Mas depois pensei: aquilo tem a duração de um ano. Quando ele a acabar, entro eu a seguir e nunca nos iremos reencontrar. Mas não foi bem assim. Isso mudou na quarta-feira. Eu vi o Hugo! Demorei cerca de um segundo para o reconhecer. Estivemos a 1 metro de distância um de outro. Um metro! Foi aliás uma das vezes em que mais perto estive dele, embora eu me tenha afastado daquele sítio posteriormente. Um ano e três meses desde a última vez que o vi e ele aparece-me assim ao acaso, ali na rua. Inacreditável, mas verídico. Eu até já me andava a convencer que nunca mais o ia ver. A aula tinha acabado, já era de noite e eu estava na paragem do autocarro, à espera. Quando me viro, estava o Hugo sentado. Eu virei as costas e pensei "isto não me está acontecer! Ele aqui?". Havia ali algumas pessoas, e eu não queria dar nas vistas, mas deu-me vontade de chorar. Contive-me, mas foi difícil. No entanto, tremia por todos os lados. Olhei para ele uma série de vezes. Não deu para evitar, embora ele estivesse de costas. Ele está lindo! OK, isto é lamechas, mas para quê omitir? Isto é o meu espaço, afinal de contas. O autocarro dele apareceu primeiro que o meu e lá foi ele. Ironicamente, aquele seria o autocarro que eu apanharia caso fosse para casa. Que filme! Por mais que aquela situação me estivesse a dar cabo dos nervos, eu estava a adorar estar ali ao pé dele. Era uma sensação dicotómica. Sabia bem como sabia mal. Era uma sensação eléctrica. Doía, mas eu sentia-me bem. Ele pareceu-me bem, o que me conforta imenso. Estou feliz por ele, muito feliz mesmo.
Quer isto tudo dizer que agora, eu e ele, estudamos "juntos" outra vez, só que noutra faculdade. Eu honestamente ainda não estou em mim. Ainda não deu para assimilar isto. Pensei que ele já lá não andasse. E agora ponho-me a pensar... Um dia destes acabo com esta charada, digo-lhe quem realmente sou e depois? Ele apanha-me e tenho medo que as coisas se descontrolem, de ambos os lados. Não quero guerra, só quero paz. Há uma coisa de que eu preciso: de que ele me compreenda, me aceite e não menospreze o que sinto por ele porque é verdadeiro. Sem compromissos, sem nada. Só quero isso. Ser alguém para ele.
Não te peço mais nada, Hugo!
Fui a mais um dia de aulas. A minha pós-graduação parece árdua, mas eu estou a adorar. Até simpatizo com a maior parte dos colegas (coisa que não aconteceu enquanto eu estava a frequentar a licenciatura) e o primeiro professor é bastante afável. Estava na aula e estava apreciar a vista sobre Lisboa. Gosto mesmo de morar cá. Adoro a faculdade, adoro a forma como me receberam aqui. Para não mencionar que foi sempre nesta faculdade que eu quis tirar o meu curso. Estudar na antiga faculdade foi um erro, que eu não pude corrigir. Nunca gostei muito daquilo nem daquela gente. Mas depois ponho-me a pensar: e se eu não tivesse estudado ali, como é que conhecia o Hugo? Pois é, tudo na vida tem o seu motivo... Agora estou, onde sempre quis estar. E estou a estudar algo que me interessa realmente, embora tenha andado desmotivado por motivos óbvios.
Mas agora perguntarão vocês: a que se deve esta introdução toda sobre faculdades? Pois bem, como eu aqui já tinha dito, eu e o Hugo fomos colegas, estudámos na mesma faculdade entre os anos 2007 e 2009 (embora eu só tenha notado a presença dele em 2009 - quando tudo começou). O que deve ser estranho para ele é que eu andei ali por perto dele e ele não pode associar quem é a pessoa porque eu até agora não fui capaz de me expor directamente, embora ele já me tinha visto vezes e vezes. Ironia ou não, eu optei por frequentar uma pós-gradução que ele também frequentou. Na altura eu estava reticente, achei que era má ideia e comentei isso com uma pessoa que me incentivou. Mas depois pensei: aquilo tem a duração de um ano. Quando ele a acabar, entro eu a seguir e nunca nos iremos reencontrar. Mas não foi bem assim. Isso mudou na quarta-feira. Eu vi o Hugo! Demorei cerca de um segundo para o reconhecer. Estivemos a 1 metro de distância um de outro. Um metro! Foi aliás uma das vezes em que mais perto estive dele, embora eu me tenha afastado daquele sítio posteriormente. Um ano e três meses desde a última vez que o vi e ele aparece-me assim ao acaso, ali na rua. Inacreditável, mas verídico. Eu até já me andava a convencer que nunca mais o ia ver. A aula tinha acabado, já era de noite e eu estava na paragem do autocarro, à espera. Quando me viro, estava o Hugo sentado. Eu virei as costas e pensei "isto não me está acontecer! Ele aqui?". Havia ali algumas pessoas, e eu não queria dar nas vistas, mas deu-me vontade de chorar. Contive-me, mas foi difícil. No entanto, tremia por todos os lados. Olhei para ele uma série de vezes. Não deu para evitar, embora ele estivesse de costas. Ele está lindo! OK, isto é lamechas, mas para quê omitir? Isto é o meu espaço, afinal de contas. O autocarro dele apareceu primeiro que o meu e lá foi ele. Ironicamente, aquele seria o autocarro que eu apanharia caso fosse para casa. Que filme! Por mais que aquela situação me estivesse a dar cabo dos nervos, eu estava a adorar estar ali ao pé dele. Era uma sensação dicotómica. Sabia bem como sabia mal. Era uma sensação eléctrica. Doía, mas eu sentia-me bem. Ele pareceu-me bem, o que me conforta imenso. Estou feliz por ele, muito feliz mesmo.
Quer isto tudo dizer que agora, eu e ele, estudamos "juntos" outra vez, só que noutra faculdade. Eu honestamente ainda não estou em mim. Ainda não deu para assimilar isto. Pensei que ele já lá não andasse. E agora ponho-me a pensar... Um dia destes acabo com esta charada, digo-lhe quem realmente sou e depois? Ele apanha-me e tenho medo que as coisas se descontrolem, de ambos os lados. Não quero guerra, só quero paz. Há uma coisa de que eu preciso: de que ele me compreenda, me aceite e não menospreze o que sinto por ele porque é verdadeiro. Sem compromissos, sem nada. Só quero isso. Ser alguém para ele.
Não te peço mais nada, Hugo!