O rapaz proibido... Aquele por quem não era suposto eu ter-me apaixonado. O rapaz que apareceu do nada, que entrou na minha vida sem o ter desejado.
Enlouqueci, desesperei, chorei, gritei, lutei, lamentei, tudo pelo rapaz proibido. O rapaz proibido fez-me rir, como chorar; fez-me tremer; fez-me saltar; fez-me sonhar.
A minha paixão diz-se platónica. A minha paixão não é como tantas outras. Não é falsa, não é efémera, não é cega. Ela é real, ela dura há muito tempo e eu consigo ver tudo com clareza agora.
O Hugo não entendeu nada disto e não me aceita. Nem sequer tentou. O preconceito pode ter-me vencido em inúmeras circunstâncias da minha vida, mas por outro lado também o venceu a ele. O Hugo deixou o preconceito destruir algo que poderia ter-se tornado numa amizade pura e diferente entre nós. Resumidamente, o preconceito venceu-nos aos dois. Os amigos, a família, a profissão, a vida, enfim, tudo o que faz parte dele ficou ironicamente à minha frente. Logo eu que provavelmente fui a pessoa que mais o amou ou vai amar na vida toda. Ele não me aceitou, não me respeitou, mas eu não censuro nada disso. Uma pessoa tem de ser livre para tomar as suas decisões, mesmo que nem sempre elas sejam acertadas. Nós seguimos caminhos diferentes. Enquanto ele optou pelo caminho do desprezo e indiferença, eu acabei por perdê-lo de vista e agora não consigo sair deste labirinto de sofrimento e angústia.
Ele privou-me de conhecer a felicidade; no entanto, a felicidade talvez nunca tenha desejado conhecer-me. Talvez o meu destino seja mesmo eu nunca completar-me como pessoa e ser apenas uma alma neste mundo que somente vai vingar no campo profissional. A plenitude da vida não existe para mim. Há um elo em falta. E chega de ingenuidade. As coisas são como são e agora eu vejo tudo claramente. Chamar-se-á isso de maturidade? Penso que sim.
O meu rapaz proibido, o Hugo, nem sequer prestou atenção. Nem sequer tentou perceber o porquê e o que estava por detrás disto. A minha paixão era a cena principal no palco, mas nos bastidores escondia-se uma solidão imensa. E por isso mesmo, eu vi o Hugo como o meu Messias, o meu salvador, que um dia me iria resgatar deste mundo de solidão e dor onde eu moro. Infelizmente, ele não se importou com o que eu sentia, ou com o que eu precisava. Eu estava no fundo do poço a implorar por ajuda, mas ele nem sequer se apercebeu. Mas quem sou eu para julgar o egoísmo dele? Eu, um estorvo, um forasteiro no mundo dele. Derramei lágrimas e lágrimas na esperança de aliviar a minha desilusão - sempre em vão.
Procurei no rapaz proibido protecção, um porto de abrigo. Em vez disso, fiquei à deriva, neste mar imenso de sensações. Desilusão, humilhação, tristeza, arrependimento, eu sei lá mais o quê. Vamos pôr os pontos nos i's de uma vez por todas. Temos orientações sexuais diferentes. Não sou nada daquilo que ele pretende, mas procuro nele aquilo que eu sei que ele me pode dar. Somos incompatíveis, portanto. Mas é ele que me pode completar, mesmo assim. Vale a pena atormentar-me desta maneira? Com certeza que não, mas eu não o escolhi embora ele pense que sim.
Depois deste tempo todo (1 ano, aproximadamente), sem diálogo, e com toda a indiferença que ele me deu, só quero confrontá-lo, mostrar-lhe que não sou uma ilusão, um espectro, que sou real, que existo e que sou eu que gosto dele como ninguém alguma vez gostou. E quero mostrar-lhe que amar é humano, que não escolhe sexo, idade, classe social, raça, nacionalidade ou religião. Só me apetece chorar à frente dele, por mais humilhante que isso possa ser. Mas para quê ter vergonha da pessoa de quem se gosta? É inútil tentar não ter, contudo.
O rapaz proibido vai fazer parte de mim para sempre e com quatro simples letras se escreve o seu nome: Hugo.
Enlouqueci, desesperei, chorei, gritei, lutei, lamentei, tudo pelo rapaz proibido. O rapaz proibido fez-me rir, como chorar; fez-me tremer; fez-me saltar; fez-me sonhar.
A minha paixão diz-se platónica. A minha paixão não é como tantas outras. Não é falsa, não é efémera, não é cega. Ela é real, ela dura há muito tempo e eu consigo ver tudo com clareza agora.
O Hugo não entendeu nada disto e não me aceita. Nem sequer tentou. O preconceito pode ter-me vencido em inúmeras circunstâncias da minha vida, mas por outro lado também o venceu a ele. O Hugo deixou o preconceito destruir algo que poderia ter-se tornado numa amizade pura e diferente entre nós. Resumidamente, o preconceito venceu-nos aos dois. Os amigos, a família, a profissão, a vida, enfim, tudo o que faz parte dele ficou ironicamente à minha frente. Logo eu que provavelmente fui a pessoa que mais o amou ou vai amar na vida toda. Ele não me aceitou, não me respeitou, mas eu não censuro nada disso. Uma pessoa tem de ser livre para tomar as suas decisões, mesmo que nem sempre elas sejam acertadas. Nós seguimos caminhos diferentes. Enquanto ele optou pelo caminho do desprezo e indiferença, eu acabei por perdê-lo de vista e agora não consigo sair deste labirinto de sofrimento e angústia.
Ele privou-me de conhecer a felicidade; no entanto, a felicidade talvez nunca tenha desejado conhecer-me. Talvez o meu destino seja mesmo eu nunca completar-me como pessoa e ser apenas uma alma neste mundo que somente vai vingar no campo profissional. A plenitude da vida não existe para mim. Há um elo em falta. E chega de ingenuidade. As coisas são como são e agora eu vejo tudo claramente. Chamar-se-á isso de maturidade? Penso que sim.
O meu rapaz proibido, o Hugo, nem sequer prestou atenção. Nem sequer tentou perceber o porquê e o que estava por detrás disto. A minha paixão era a cena principal no palco, mas nos bastidores escondia-se uma solidão imensa. E por isso mesmo, eu vi o Hugo como o meu Messias, o meu salvador, que um dia me iria resgatar deste mundo de solidão e dor onde eu moro. Infelizmente, ele não se importou com o que eu sentia, ou com o que eu precisava. Eu estava no fundo do poço a implorar por ajuda, mas ele nem sequer se apercebeu. Mas quem sou eu para julgar o egoísmo dele? Eu, um estorvo, um forasteiro no mundo dele. Derramei lágrimas e lágrimas na esperança de aliviar a minha desilusão - sempre em vão.
Procurei no rapaz proibido protecção, um porto de abrigo. Em vez disso, fiquei à deriva, neste mar imenso de sensações. Desilusão, humilhação, tristeza, arrependimento, eu sei lá mais o quê. Vamos pôr os pontos nos i's de uma vez por todas. Temos orientações sexuais diferentes. Não sou nada daquilo que ele pretende, mas procuro nele aquilo que eu sei que ele me pode dar. Somos incompatíveis, portanto. Mas é ele que me pode completar, mesmo assim. Vale a pena atormentar-me desta maneira? Com certeza que não, mas eu não o escolhi embora ele pense que sim.
Depois deste tempo todo (1 ano, aproximadamente), sem diálogo, e com toda a indiferença que ele me deu, só quero confrontá-lo, mostrar-lhe que não sou uma ilusão, um espectro, que sou real, que existo e que sou eu que gosto dele como ninguém alguma vez gostou. E quero mostrar-lhe que amar é humano, que não escolhe sexo, idade, classe social, raça, nacionalidade ou religião. Só me apetece chorar à frente dele, por mais humilhante que isso possa ser. Mas para quê ter vergonha da pessoa de quem se gosta? É inútil tentar não ter, contudo.
O rapaz proibido vai fazer parte de mim para sempre e com quatro simples letras se escreve o seu nome: Hugo.