Mais um Natal... Custa-me a acreditar que mais um ano está a terminar. O tempo voa. Esta época anda a deprimir-me mais e mais. O efeito é inverso ao pretendido. A minha Ceia de Natal nem foi má de todo. Deu para me distrair minimamente. Apenas acho um bocado incómodo andar a saltitar de ramo familiar em ramo familiar: na véspera de Natal estou com a família materna; no dia de Natal vou ao encontro da família paterna. Ando sem paciência para estas festas de final de ano e sem paciência para estar assim com tanta gente.
Parece mentira... o Natal era a altura do ano pela qual eu passava a vida à espera e agora só quero que isto passe depressa. Nunca imaginei que eu mudasse tanto a minha perspectiva das coisas.
No outro dia estava no Facebook, vi uma publicação de uma página e nos comentários alguém dizia que aquilo que ela queria como presente ninguém lhe podia oferecer. Eu, imediatamente, pensei o mesmo. Por mais presentes, por mais dinheiro que me oferecessem, eu sabia desde logo, que ninguém me ia oferecer o que eu realmente queria. O que seria isso? Seria algo que só o Hugo me podia dar. O melhor presente que ele me podia ter dado era a sua compreensão, tolerância, compaixão, aceitação. E ele não deu. E receio que em Natal nenhum me venha a dar. E é por isso que esta quadra deixou de ter sentido para mim. Sinto-me oco. Tantos presentes (roupas, dinheiro, etc) e no fundo não tenho nada. É como se não tivesse mesmo. A minha mãe no fim de todos se terem retirado disse-me que ficou contente por eu ter dado valor aos meus presentes, por ter revelado interesse. Eu, por outro lado, só pensava que aquilo eram meros bens materiais, sem significado, irrelevantes ao pé do que eu realmente queria ter. Estou cansado desta mania dos meus pais de acharem que eu fico feliz com um bocado de dinheiro, como se fosse um ser acéfalo ou um bocado de plástico sem conteúdo e sem emoções. Atingi o limite. Este Natal foi dispensável. Estou a chorar no dia de Natal, com muita pena minha. O que eu mais queria no Natal foi a única coisa que não recebi. E nunca dependeu de mim. O meu Natal está feito. Acabou.
Parece mentira... o Natal era a altura do ano pela qual eu passava a vida à espera e agora só quero que isto passe depressa. Nunca imaginei que eu mudasse tanto a minha perspectiva das coisas.
No outro dia estava no Facebook, vi uma publicação de uma página e nos comentários alguém dizia que aquilo que ela queria como presente ninguém lhe podia oferecer. Eu, imediatamente, pensei o mesmo. Por mais presentes, por mais dinheiro que me oferecessem, eu sabia desde logo, que ninguém me ia oferecer o que eu realmente queria. O que seria isso? Seria algo que só o Hugo me podia dar. O melhor presente que ele me podia ter dado era a sua compreensão, tolerância, compaixão, aceitação. E ele não deu. E receio que em Natal nenhum me venha a dar. E é por isso que esta quadra deixou de ter sentido para mim. Sinto-me oco. Tantos presentes (roupas, dinheiro, etc) e no fundo não tenho nada. É como se não tivesse mesmo. A minha mãe no fim de todos se terem retirado disse-me que ficou contente por eu ter dado valor aos meus presentes, por ter revelado interesse. Eu, por outro lado, só pensava que aquilo eram meros bens materiais, sem significado, irrelevantes ao pé do que eu realmente queria ter. Estou cansado desta mania dos meus pais de acharem que eu fico feliz com um bocado de dinheiro, como se fosse um ser acéfalo ou um bocado de plástico sem conteúdo e sem emoções. Atingi o limite. Este Natal foi dispensável. Estou a chorar no dia de Natal, com muita pena minha. O que eu mais queria no Natal foi a única coisa que não recebi. E nunca dependeu de mim. O meu Natal está feito. Acabou.