Frases sobre amor - Parte 3

"Nascemos para amar. O amor é o princípio da existência e o seu único fim." (Benjamim Disraeli)

"Amar bem é amar loucamente." (André Suarés)

"Muitas vezes o amado desencadeia a força lentamente acumulada no coração daquele que ama. O amor é uma coisa solitária. É esta descoberta que faz sofrer." (Carson McCullers)

"O amor é estarmos sempre preocupados com o outro." (Marcel Achard)

"O amor sem ciúme não é amor." (Paul Léautaud)

"Nunca amamos ninguém. Amamos, tão-somente, a ideia que fazemos de alguém. É a um conceito nosso - em suma, é a nós mesmos - que amamos. Isso é verdade em toda a escala do amor. No amor sexual buscamos um prazer nosso dado por intermédio de um corpo estranho. No amor diferente do sexual, buscamos um prazer nosso dado por intermédio de uma ideia nossa." (Fernando Pessoa)

"O amor é de uma natureza tal que quanto mais se ama mais se deseja amar." (Giovani Boccaccio)

"O amor arranca as máscaras sem as quais temíamos não poder viver e atrás das quais sabemos que somos incapazes de o fazer." (James Baldwin)

"O amor é dos que nele pensam." (Marcel Achard)

"A palavra exagero não existe no vocabulário do amor." (L. Crescenzo)

"Ser amado é passado; amar é durar." (Rainer Rilke)

"Por mais duro que alguém seja, derreterá no fogo do amor. Se não derreter é porque o fogo não é bastante forte." (Mohandas Gandhi)

"O coração não tem rugas." (Marie Sévigné)

"Muitos são os remédios que curam o amor, mas nenhum é eficaz." (François de la Rochefoucauld)

"O amor é uma tentativa de penetrar no íntimo de outro ser humano, mas só pode ter sucesso se a rendição for mútua." (Octavio Paz)

"Quando não se ama demais, não se ama o suficiente." (Roger Bussy-Rabutin)

"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal." (Friedrich Nietzsche)

A vida dá voltas

Ponho-me a pensar nas voltas que a minha vida tem dado. Queixo-me que nada acontece, que está tudo igual, que só existe monotonia à minha volta, mas isso não é verdade. As coisas mudaram.
A primeira grande volta da minha vida teve lugar a partir de 2006. Para começar, já não sou aquele menino que foi para Lisboa em busca de um sonho. Aprendi tanto e sozinho. Sem a ajuda de ninguém, abri as portas que me conduziram àquilo que sou hoje. No entanto, nem tudo foram rosas. Foi complicado estabelecer-me. Tive bastantes dificuldades em adaptar-me ao ambiente da faculdade, e como transgénero que sou, com todos os meus maneirismos femininos, senti sempre grande pressão à minha volta. Tive de provar sempre que era competente, que merecia estar ali como qualquer outra pessoa. Tive de provar mais do que a maior parte. Tive, também de me esconder, de me refugiar, para chamar a menor atenção possível. Lembro-me, já para o fim da licenciatura, que quando contei ao Hugo que gostava dele, não frequentei de propósito as aulas de uma cadeira opcional que tínhamos em comum, na qual obtive nota 14 em regime não presencial. Quis evitá-lo o máximo possível e não deu em nada. Foi um preço alto que paguei.
Prejudiquei-me e para quê? Ando a fugir do quê? Sim, é verdade que a nossa sociedade é machista, na qual só os homens viris mas incultos e as mulheres bonitas mas ocas em conhecimento são valorizados. Por um lado, orgulho-me por não ser uma coisa nem outra. Por outro lado, andar em cima da linha é um preço muito alto a pagar. E eu que o diga, meus caros.
Lisboa ajudou-me, deixou-me respirar. Eu andava a sufocar na minha cidade natal por não poder ser eu e só tinha 18 anos. Em Lisboa, posso carregar um bocado no contorno de olhos ou vestir uma roupa mais arrojada que ninguém me vai censurar por isso. Em Lisboa, além de ter aprendido a ser autónomo, pude também ser eu mesmo, fazer uso da minha verdadeira personalidade. E isso não tinha acontecido até então.
Em 2009, foi a segunda grande volta. O ano em que surge o Hugo, que nunca foi mais do que uma ilusão. Já aceitei a rejeição dele, mas não a compreendo. Não consigo. Não havia nada, a meu ver, que impedisse um relacionamento saudável entre nós. Ele parece-me ser um rapaz bem relacionado, mas optou por querer afastar quem mais lhe queria bem - justamente eu. Tenho a certeza que pus ali alguma coisa em causa, mas não sei bem se cheguei a ser encarado como uma ameaça para ele. É uma pena. Ele podia ter aprendido tanto comigo e eu com ele. E um dia eu ia acabar por desistir desta ideia, como ele tanto queria, mas ele só me instigou mais ao dar-me um 'chega para lá', ainda que delicadamente. A minha mente tornou-se uma vastidão de possibilidades. Já lá vão 2 anos e ele continua a dominar o meu pensamento. A minha vida até então era tranquila, menos agitada, mas muito chata. Pelo menos, o Hugo trouxe-me uma uma razão para viver. Deu-me um objectivo, embora eu o tenho falhado completamente.
Em 2011, foi outra viragem. Licenciei-me, finalmente. Depois de todos os percalços, consegui. A área da comunicação social está longe de ser aquilo em que estou à vontade, mas foi aquilo em que acreditei na altura, aquilo em que me revi. Quando somos muito novos tomamos atitudes precipitadas. E eu sempre fui um adolescente impulsivo. Agora sofro as consequências e, por isso, para me preparar bem para o mercado de trabalho estou a pós-graduar-me na área política.
Tenho tantos sonhos. Quero ser escritor, quero ser comentador, e obviamente quero ser um bom jornalista. Quero vingar no campo profissional e sinto que nesse aspecto vou ser bem-sucedido. No resto, já não tenho tanta certeza.
A minha vida deu voltas. Deu sim. Sou um ser humano mais preparado hoje. Sei que, todos os dias, mal ponho os pés na rua, o mundo lá fora não é fácil. Ninguém está aqui para nos facilitar a vida. Estou mais preparado porque finalmente percebi que nem tudo pode ser como quero. Os meus pais falharam nesse aspecto, sempre a tentarem dar-me todo o conforto - é claro que só tenho a agradecer. Mas o Hugo mostrou-me que não é assim. Ele foi o meu primeiro grande "Não"! Embora, em certos momentos, eu tenha pretendido dar-lhe uns estalos na cara, e tenha também tentado odiá-lo, só lhe tenho de agradecer o facto de ele existir. E por mais lamechas que isso soe, é a isso que se chama amor, paixão, o que for. Aprendi muito com ele, mais do que ele imagina. Percebi que não era suposto ele existir na minha vida, mas fora dela. Foi à distância que tudo aconteceu. E tudo isto ensinou-me muito! Muito mesmo. Não posso dizer que sou uma pessoa feliz, porque não sou, mas grato sou com certeza.
E com todas as voltas que a vida ainda venha a dar, eu só espero que este miúdo consiga aquilo que ele quer, que se torne um grande profissional (inteligência não lhe faltará). Depois disto, só farei mais uma tentativa. Não me vou humilhar mais. As coisas são como são. Se ele tiver que ser o melhor que eu nunca tive, que seja.

O vermelho da minha paixão

Sou uma pessoa maioritariamente emotiva. Tenho pouco de racional. Não sei agir com frieza em momentos desesperantes. Isso é algo que eu gostaria de mudar no futuro. Desde que o meu avô faleceu (faz esta terça-feira duas semanas) parece que ando cada vez mais com o coração no lugar do cérebro. Não consigo pensar racionalmente sobre nada disto.
O meu coração arde, dói e está a sangrar. O vermelho da minha paixão não representa nada de bom, nada de mágico, nada de alegre. Simboliza o sangue derramado de um desgosto com uma dimensão incalculável. Com certeza não serei o único no mundo a passar por isto, por isso não quero fazer-me de vítima. Mas algo assim é extremamente nocivo para uma pessoa.
Praticamente, abdiquei da minha vida amorosa por alguém que não poderia ter-me tratado de forma mais gelada, ainda que educada. Abdiquei, no fundo, de ser feliz. Sinto-me um parasita no mundo. Os outros mal se lembram de mim, mas perguntam-me sempre o que devem fazer em relação à pessoa que amam, pedem-me conselhos. E eu penso para mim "que irónico, a minha vida amorosa é um desastre total, um autêntico fracasso e agora ando aqui a dar conselhos a esta gente". Não sei até onde consigo aguentar mais isto. Admito ter pensado mais do que uma vez atentar contra mim, contra a minha vida, e embora me tenha faltado a coragem, também não sei até onde isso seria justo para mim e para alguém que se preocupe verdadeiramente comigo.
Sou uma pessoa emotiva, mas também sempre tive noção dos limites, do que é certo e errado. Nessa medida, sempre fui racional. Mas começo a ter dificuldades em distinguir o que é bom do que é mau. Não sei que iniciativa devo tomar, não sei o que fazer em relação ao Hugo. Tenho a sensação que ele pensa que eu já esqueci isto, que ultrapassei a situação, que ficou tudo bem. :S
Mas não. Não está tudo bem. Tenho algumas coisas mais para lhe dizer. Uma delas pode parecer ridícula, mas eu sinceramente já nem me envergonho disso. Quero pedir-lhe desculpa por ser ele de quem eu fui gostar, quero pedir-lhe desculpa por não ter nascido a rapariga que ele desejava e que um dia lhe poderia dar tudo aquilo que ele sempre quis. Tenho de pedir-lhe desculpa por isso. Por coisas que eu não escolhi, mas tem de ser.
Fico a pensar que para mim o Hugo será para o resto da minha vida o melhor que eu nunca tive e eu para ele serei o maior enigma da sua vida. De alguma forma, à distância, embora perto em vários momentos, tivemos algum impacto um no outro (mais em mim do que nele, ainda assim).
A minha vida foi invadida por esta vermelhidão pintada pela paixão que me comanda. Sou um escravo dos meus sentimentos, sinto-me preso numa cela sem escapatória possível. E eu sinto, sei, que este rapaz nunca me tirará deste sítio, não sem eu lhe implorar desesperadamente.

Frases sobre amor - Parte 2

"Nada é tão bom como o amor, nem tão verdadeiro como o sofrimento." (Alfred de Musset)

"Em amor é um erro falar-se de uma má escolha, uma vez que, havendo escolha, ela tem de ser sempre má." (Marcel Proust)

"Amar é ultrapassarmo-nos." (Oscar Wilde)

"Aqueles que falam das alegrias do amor, por certo, nunca amaram. Amar um ser é senti-lo necessário, portanto, sentirmo-nos nós próprios numa incessante precariedade." (Jean Rostand)

"O amor não se define; sente-se." (Séneca)

"Podemos odiar aqueles que amamos. Os outros são-nos indiferentes." (Henry Thoreau)

"Saber amar não é amar. Amar não é saber." (Marcel Jouhandeau)

"O amor é a ocasião única de amadurecer, de tomar forma, de nos tornarmos um mundo para o ser amado. É uma alta exigência, uma ambição sem limites, que faz daquele que ama um eleito solicitado pelos mais vastos horizontes." (Rainer Rilke)

Frases sobre amor - Parte 1

"Não ser amado é falta de sorte, mas não amar é a própria infelicidade." (Albert Camus)

"O verdadeiro amor é como a aparição dos espíritos: toda a gente fala dele, mas poucos o viram." (François de la Rochefoucauld)

"O amor é a única paixão que não admite nem passado nem futuro." (Honoré de Balzac)

"Os olhos são os intérpretes do coração, mas só os interessados entendem essa linguagem." (Blaise Pascal)

"Amar é descobrirmos a nossa riqueza fora de nós." (Alain)

"O mal nunca está no amor." (André Gide)

"A felicidade é no amor um estado anormal." (Marcel Proust)

"Amor, encantadora loucura; ambição, grave tolice." (Sébastien-Roch Chamfort)

"Nada é tão bom como o amor, nem tão verdadeiro como o sofrimento." (Alfred de Musset)

"Perdoa-se na medida em que se ama." (François de la Rochefoucauld)

"A vida é um sono de que o amor é o sonho, e vós tereis vivido se houverdes amado." (Alfred de Musset)

"Há vários motivos para não amar uma pessoa, e um só para amá-la; este prevalece." (Carlos Drummond de Andrade)