A identidade

Ultimamente, não tenho pensado noutra coisa senão em contar ao Hugo quem sou. Sinto cada vez mais a necessidade de lhe contar. Comm isso espero representar alguma coisa na vida dele, ser alguém, ganhar forma e deixar de ser uma assombração que é o que sinto que fui até agora. Até agora fui uma espécie de espectro, um figura sem forma. Acho importante fazer isto. Acho crucial, aliás. Ele não queria saber quem eu era, terá lá as suas razões. Mas eu pensei: depois disto tudo, não faria sentido não desvendar a minha identidade. Não espero que ele me reconheça à primeira. Foram bastantes as vezes que nos cruzámos, mas eu fui somente um estranho. Agora, ele saberá o meu nome, verá o meu rosto e saberá de quem se trata realmente. Vou sentir um alívio ao fazê-lo, porém sinto também medo. A minha vontade de lhe contar quem sou tem superado esse medo, mas de vez em quando enfraquece. Tive de me convencer de que não há nada certo ou errado. A vida é um caminho. Sigo o meu coração e ele leva-me onde eu devo estar. Quero recusar-me a acreditar no destino. Penso que temos de ser nós a escolher o nosso próprio caminho. Quero batalhar pelo que anseio. Não sei como a minha vida irá mudar com o passar do tempo, com o caminho que escolhi, nem como mudarei a vida de alguém, neste caso a do Hugo. Quero apenas fazer aquilo que acho que tenho de fazer.

2 Response to "A identidade"

  1. José Says:

    Ola!

    Qualquer dos caminhos que escolhas só te posso desejar Força e Coragem:)

    José

  2. José Says:

    As vezes queria escrever-te mais alguma coisa, para te dar ânimo e apoio. Mas nem sei bem o que escrever. Eu acho que embora um bocado diferente sinto-me numa posição igual a tua.

    Venho aqui de vez em quando e, apesar de não saber quem és, revejo-me em tantas coisas. Choro com o que escreves, sinto-me mal tantas horas por dia!

    Por favor, nunca desistas de ti!!!

    Um dia vais viver bem feliz!