Ateei fogo à chuva

Ateei fogo à chuva. Aconteceu o inesperado. Uma paixão que tanto foi um perigo como uma bênção. Uma paixão que sobreviveu num mundo paralelo, onde ninguém a pôde destruir ou sequer tocar. Uma paixão que desafiou o destino e a probabilidade.
Ateei fogo à chuva. A paixão foi um jogo em que ganhava sempre o mesmo jogador: tu. Agora sei jogar melhor o jogo em que me envolveste e que sempre ganhavas graças à tua indiferença. Agora sei lidar melhor com isto. Já consigo aceitar a tua rejeição sem concordar com ela.
Ateei fogo à chuva. O fogo queimava-me enquanto eu chorava. O meu coração dói, pertence-te, mas tu deixaste-o cair.
Ateei fogo à chuva. Atirei-nos às chamas. Isto doeu e nunca foi simples, nem fácil. Nunca pensei gostar tanto de alguém inalcançável nem tu imaginaste que um dia ia aparecer alguém como eu no teu caminho a aclamar um sentimento impensável. Certo?
Ateei fogo à chuva para ver tudo arder, só para não sofrer mais. O improvável aconteceu e agora só há um caminho: a esperança.

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