A paixão que traz amargura

Esta paixão traz-me tanta amargura e o pior é que não consigo evitar isto. O H. fez anos na semana passada e eu dei-lhe os parabéns, logicamente. Acontece que ele não me respondeu, não agradeceu, o que seja. Nada! No fundo, não me espanta. Ele fez questão desde o princípio de me manter para lá da barricada, longe. Dói-me tanto saber que ele não quer qualquer espécie de diálogo comigo. Ele pensa que eu me quero fazer a ele. Isso assusta-o. Eu sinto, eu sei, mas isso é totalmente errado. Eu desejei tanto que ele me desse uma hipótese de me explicar, em tempo real. Com isto tudo, começo a sentir as minhas faculdades mentais afectadas. Em breve, pretendo recorrer a consultas de psiquiatria e este será o tema-chave. Não consigo caminhar mais com este fardo sozinho. Se ele não me quer ajudar, alguém tem de o fazer.
O meu maior medo, em tempos, foi nunca ter coragem para lhe contar. Agora que contei, o meu maior medo é que ele me ache uma desgraça e que isto que eu sinto lhe pareça uma palhaçada. Uma das únicas coisas que ele me disse foi que não achava que isto era uma brincadeira, mas mesmo assim não sei se é mesmo isso que ele pensa. O que é suposto eu fazer mais? Há ainda uma coisa que quero muito fazer...revelar-lhe a minha identidade. Começa a chegar o momento, mas com este revés fiquei indeciso. Tenho receio. Confio nele, mas não em quem o rodeia e eu sei que as pessoas são cruéis.
Esta noite, vou jantar e caminhar sozinho, pensar, procurar alguma paz de espírito. A tristeza domina-me nesta noite.

Deixo um tema - "Ryde or Die" de Jennifer Lopez - que sugere alguém que se subjuga a outrém. De alguma forma, eu encaixo-me aqui.

"I ryde for you
'Cause you're the truth
I die for you, ooh
'Cause I'm a fool
In love with you
And I'll do anything
That pleases you"

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