Ciúmes, materialidade vs afecto, erros

Domingo, dia 19 de Dezembro de 2010. Não há forma de afastar a minha tristeza quando todos parecem ser importantes para ele menos eu. É inútil tentar. Porque é que o Hugo faz tanta questão de me deixar a mim de lado? Só queria que isto fosse mentira, que não fosse real, para não ser magoado desta maneira. Obter a consideração e a atenção dele parece ser a tarefa mais árdua a que me propus. Outro problema que atravesso são os ciúmes que sinto dele. Vê-lo com todos os amigos não me incomoda, fico feliz que ele tenha pessoas com quem possa contar. Mas sinto ciúmes da atenção que todas essas pessoas conseguem dele enquanto eu não consigo sequer um simples "olá". Isso deixa-me extremamente abatido. Saber que ele sai e diverte-se com aquela gente toda, provavelmente nos mesmos exactos momentos eu que eu deito lágrimas e mais lágrimas por ele. Porém, não estou a queixar-me, nem poderia. Esta foi a tarefa que designei para mim. Sou o responsável por ela. Resumindo, fui eu que me apaixonei.
Fui e sou uma pessoa mimada. Sempre me deram tudo aquilo que quis. E agora vem aí o Natal e eu sem espírito nenhum. Presentes não me interessam mais. Os bens materiais perderam o significado para mim. Roupas e calçado de marca, perfumes caros, cosméticos, tudo deixou de ter importância para mim. Outrora, eram a minha vida. Só queria que os meus pais (cada um no seu lado, como já aqui disse) percebessem que só os bens materias não me fazem feliz. Que por mais que me dêem tudo, isso não me faz feliz. Eu tenho tudo e não tenho nada, eu tenho bens mas não o afecto de quem quero.
A minha vida estagnou. Procuro uma forma de a reanimar, quando a única forma que encontro não está ao meu alcance. Eu parei de me culpabilizar por me ter interessado em alguém que não sabe gerir a situação, que foge de mim e que não me compreende. Mas não posso deixar de admitir que errei. Que quem começou esta confusão toda fui eu e apenas eu. Mas como qualquer outro ser humano, errar faz parte do meu quotidiano. Não que a minha paixão em si seja um erro. Mas as circunstâncias que a envolvem são. Honestamente, saber que ele não cede um milímetro há meses assusta-me. Depois de tudo que lhe confessei, não sei mais o que o pode comover. Não sei mesmo. Estou num fogo cruzado onde não sei para onde me virar. Não quero parar, mas também não sei para onde ir. Pedi-lhe mais do que uma vez para ele se colocar no meu lugar, mas acho que ele ainda não conseguiu.

1 Response to "Ciúmes, materialidade vs afecto, erros"

  1. José Says:

    Se algum dia conseguires perceber o quanto és forte...Vais ver que és um grande Homem!!!