O meu limite...

O fim-de-semana passado não poderia ter terminado da pior forma para mim. No sábado saí à noite como já não fazia há muito tempo até consegui divertir-me por umas horas. Mas no domingo as coisas não correram bem. Passando a explicar propriamente, senti-me mal fisicamente. Deu-me um ataque de nervos, pulsação fortíssima, batimento cardíaco irregular, palpitações. Não fui capaz de controlar. Estava disposto a ir para o hospital porque realmente não sabia o que se passava comigo. Fui-me vestir e calçar. Preparei-me para ir. Naquela hora estava em pânico, mas nunca deixei de pensar no motivo. Com o passar das horas, acalmei-me e fui reflectindo no sucedido. Ainda há bocado tive um mini ataque de nervos. Fiquei com a sensação de que o meu mal-estar psicológico passou a ser um mal-estar físico, ou melhor, fundiram-se. Após uma grande reflexão retiro disto algo muito simples: não sou de ferro, tenho limites como qualquer um. Ando a adiar o que tenho mesmo de fazer para me libertar, para viver em paz comigo. Sufoca-me, consome-me querer contar ao Hugo o que falta e não conseguir. Isso deverá ter despoletado em mim efeitos indesejados.
Há uns tempos disse que vou caminhando numa linha interminável, mas não. Ela tem fim. No final desse caminho avista-se um abismo. E se eu insistir em prosseguir perco-me na escuridão desse abismo. Mal consigo ver o outro lado. Quer isto dizer que há limites em tudo na vida. Eu não sou indestrutível, não sou capaz de aguentar tudo. Sou uma pessoa comum, com sentimentos e fraquezas. Pensei que aguentaria, mas enganei-me. O destino encarregou-se de me impôr um limite, mesmo quando a minha paixão não tem limites. Não posso ir muito mais longe do que isto. E não há escolhas. Só há um opção que já aceitei, pelo meu próprio bem. Esconder-me, virar as costas ao problema só me iria fazer pior.

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