Num mar de pensamentos

Sábado, dia 18 de Dezembro de 2010. A minha mente mergulhou num mar de pensamentos. Torna-se quase impossível concentrar-me no quer que seja actualmente. Sinto cada cez mais vontade e necessidade de escrever sobre o que passa comigo. Aquilo que sinto pelo Hugo é cosmológico. Ele é o meu 1 num milhão. Não tem explicação. Não há teoria que possa explicar. E isto não é uma brincadeira, como ele primeiramente pensou. Antes fosse. É provavelmente a maior prova de fogo da minha vida. Eu luto e luto e luto na esperança de chegar onde quero, mas não depende só de mim. As interrogações multiplicam-se à medida que o tempo passa...Será que vale a pena tudo o que me está a acontecer? Será que há uma recompensa à minha espera? Será que depois da tempestade vem a bonança? Por outras palavras, será que um dia ele aceitar-me-á tal como eu sou, sem preconceito, e tirar-me-á deste sofrimento que me mata lentamente?
De Janeiro a Maio tive medo de nunca arranjar forma de lhe contar o que sinto por ele. De Maio a Dezembro sinto medo que ele nunca me venha a comprender e a aceitar. E isso está a incomodar-me consideravelmente. Com o passar do tempo, sinto-me cada vez mais vazio, incompleto e cansado. Posso estar num sítio com 500 ou 1000 pessoas, sentirei-me sempre dessa forma. E garanto que isso não é, nem de perto, agradável. É muito doloroso para mim sentir-me incompreendido, sentir-me deslocado do todo. Sinto-me dentro de uma bolha a sufocar no meio de uma multidão que não irá sequer imaginar minimamente o que se passa comigo. Sinto-me suspenso no ar. Lembram-se de ter mencionado o facto de dar dois passos para a frente e três passos para três na linha interminável? Neste momento estou suspenso no ar, sem conseguir fazer nada, sem conseguir prosseguir.
Tenho medo de pedir ajuda e de ele não me acudir. É esse o meu maior medo. Acho que poderia dar alguma cor à vida dele, dar-lhe diversidade. Sei que não lhe causo repulsa mesmo encontrando-me ainda no anonimato, sei que represento um dos maiores mistérios da sua vida, talvez o maior. Cada vez mais preciso e anseio pela sua aprovação. Pela sua permissão. De certa forma, entrei na vida dele sem licença. Invadi o espaço dele, embora não o tenha feito por mal, como é lógico. Nem precisaria de dizer isso, nesta altura do campeonato.
Os meus pensamentos continuam a fluir quando o fim parece estar cada vez mais longe...E eu cada vez mais sozinho.

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