Tempos adversos

Nunca desisto de ficar bem, de procurar o equilíbrio e de preservar a minha estabalidade. No entanto, isso só aconteceria se eu me desligasse totalmente do mundo. Os problemas acabam por vir ter comigo, muito por culpa dos outros: os que me rodeiam e também os que não me rodeiam (Hugo). No início desta semana tive uma grande discussão com a minha mãe (talvez a maior de sempre), com uma valente troca de acusações à mistura. Eu sou apologista de que as pessoas devem sempre dizer aquilo que pensam, que devem ser autênticas. Mas aquilo que ela me disse foi demasiado violento para mim dado o meu estado psicológico actual. Talvez eu tivese lidado melhor com aquilo se não estivesse tão frágil como agora. Talvez. Fico contente por ela me ter dito o que pensava, frente a frente. Prezo pessoas verdadeiras. Mas ao mesmo tempo foi uma desilusão e a nossa relação esfriou e nunca mais vai ser a mesma. Não vai ser porque eu não quero. A nossa cumplicidade que existia morreu. E mal posso esperar por viver a minha vida sem ter de ouvir palpites de alguém. Anseio pela minha independência. A minha semi-independência em Lisboa já não me chega. Por outro lado, as coisas com o meu pai vão bem, acho que nunca estiveram tão bem. Dispõe-se sempre a ajudar, financeiramente (que é o que menos me importa) e psicologicamente. É muito importante para mim o incentivo dele, quer em termos pessoais quer em termos académicos. À lista de chatices, acrescento o meu pânico de andar na rua, particularmente à noite. O assalto do ano passado marcou-me de tal modo que se tornou uma obsessão. Simplesmente tenho aquela sensação de insegurança em todo o lado. Depois, é o meu computador portátil que tem vindo a dar-me dores de cabeça. Actualmente está a ser reparado e já revelo alguma impaciência porque preciso dele por vários motivos. Para além disto tudo, ainda a recorrente história do Hugo. Cada vez que me dirijo a ele na internet, para contar o resto, basta só olhar para ele (fotografia) que fico uma pilha de nervos. Nada feito. Pareço uma gelatina a tremer e fujo dali. Comprimidos: a única maneira. Vou ter de tomar. Sob o efeito deles vai ser mais fácil, porque não vou sentir tanto aquele medo e aquela vergonha de falar com ele. Para completar, junta-se ainda o stress causado pela faculdade (trabalhos e frequências) que me está a esgotar. O sono já nem consegue aliviar o meu cansaço que mais do que físico, é mental. Que tempos adversos estes...

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