Mensagem / Recta final

Na cronologia, podem constatar que eu supostamente apresentei-me ao Hugo neste mês. Não aconteceu hoje porque estou com problemas que me andam a dar cabo do juízo. Por isso mesmo deixei para esta quinta ou sexta-feira. Ando nervoso demais para me sujeitar a mais nervos por causa de mais uma coisa. Mas, para provar que não estou a fugir definitivamente, aqui fica um excerto da mensagem que vou fazer chegar ao Hugo no dia 1 de Abril:

"Chamo-me **** Miguel. Fui teu colega no último ano lectivo em que estiveste na *nome da faculdade*. Foram numerosas as vezes que, por exemplo, estivemos na mesma sala ou no mesmo recinto. Eu evitei-te até não poder mais. Faltei às aulas que pude, tentava desviar o olhar, mas tu aparecias-me constantemente à frente, nos intervalos ou na rua, para não mencionar a tortura psicológica que era quando estávamos nas mesmas salas. Foi tudo inútil, Hugo. Eu não consegui lutar contra os meus sentimentos. Por conta disto vivi os piores tempos da minha vida assim como experienciei o maior desgosto. Tu não tens culpa. És inocente no meio disto tudo. Aconteceu e nenhum dos dois procurou isto. Mesmo que isto tenha sido um desastre, fico feliz por, ao menos, ter a certeza de que és uma boa pessoa. Revelaste-te um rapaz educado. Obrigado por nunca me teres julgado, humilhado, ofendido ou gozado. Obrigado sobretudo pela tolerância. Mesmo assim, não foste capaz de me compreender e aceitar-me na tua vida. E é difícil não chorar enquanto escrevo isto. Tu transformaste-me. Fizeste-me sonhar como nunca antes. Fizeste-me fazer coisas que nunca imaginei sequer fazer por alguém: descobrir o teu nome, procurar por ti na internet, contar-te que gostava de ti, criar um blogue sobre ti, chorar desalmadamente por causa da tua indiferença, tremer sempre que te via por perto ou quando simplesmente te vejo no computador."

Caminho na recta final. Dou os últimos passos. Agora ó resta torcer para que a sorte esteja do meu lado.

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