E depois?

Por estes dias tenho andado a pensar em possibilidades. Tenho pensado particularmente no futuro. Como vai ser depois de o Hugo saber toda a verdade? Pergunto-me a mim mesmo. Procuro uma resposta desesperadamente, mas não vou obter nenhuma sem agir. O futuro é indecifrável. Ninguém sabe o futuro, nem pode saber. E eu queria mesmo poder viver em paz, sem pensar muito nas coisas. Mas não consigo. Eu estou com dificuldades de concentração outra vez. Por exemplo, hoje o professor fez-me uma careta quando viu que que eu não fiz nada do que era suposto. Eu pus-me a olhar para algumas fotos do Hugo durante a aula. Eu sei muito bem que isto faz-me mal mas não consigo deixar de olhar para ele. Não dá para evitar. :S Acabei por me distrair grande parte do tempo e até escrevi qualquer coisa que lhe quero dizer. Aquela aula parecia-me interminável.
As noites têm sido horríveis. Ando com sono por causa dos comprimidos, mas não durmo decentemente porque dou comigo a pensar a toda a hora como me vou aproximar dele, o que lhe vou dizer, etc. Estou num dilema infernal! Não aguento mais isto. Não vale a pena pensar em desistir porque só ia adiar o inevitável. Tornou-se imperativo enfrentá-lo de uma vez por todas e tem de ser algo em grande, algo que deixe marca (seja para o bem ou para o mal). O que eu não quero é passar o resto da minha vida a esconder-me na escuridão, sem significar nada na vida dele. Depois de tudo o que eu passei e sofri, não posso aceitar essa realidade. Tenho de contrariar o destino, tenho de desafiá-lo mais uma vez. A diferença é que agora tenho menos forças. Mas, e depois?

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